terça-feira, 14 de maio de 2013


Palmeiras sofre sem técnica e com frango de Bruno e é eliminado por Tijuana


O “sangue na veia” tão aclamado pelo presidente Paulo Nobre não faltou. Assim como o forte apoio da torcida. raça, paciência e superação. O que pesou foi a deficiência técnica. O Palmeiras entrou como favorito, encarou uma enorme catimba do Tijuana na noite desta terça-feira no Pacaembu, e foi eliminado nas oitavas de final da Libertadores ao perder por 2 a 1. Bruno com incrível frango cometido no primeiro gol adversário foi o retrato de um time sem qualidade com a bola no chão durante quase todo o jogo. Souza, de pênalti, marcou para o alviverde. O time mexicano ganha o direito de enfrentar o Atlético-MG nas quartas de final.
A falha do goleiro palmeirense aconteceu aos 26 minutos de jogo em chute extremamente fraco, e no meio do gol, de Riascos. O camisa 1 do Palmeiras agachou para agarrar a bola, mas ela escapou. O Tijuana vinha de um empate sem gols em casa na primeira partida, e passou a ter enorme vantagem. Arce ainda marcou outro no começo do segundo tempo.

Um gol mal anulado de Kleber no segundo tempo, depois que Souza já havia diminuído a desvantagem, também contribuiu para tirar a força palmeirense de reação. O cai cai a la time argentino do Tijuana deu resultado. O tempo passou sem grandes sustos, e o Palmeiras caiu na Libertadores.
Foram 14 dias de espera. O tempo era suficiente para que taticamente o Palmeiras desempenhasse um bom papel. Só que a equipe parecia perdida em campo. Vinicius, Tiago Real, Marcelo Oliveira, Márcio Araújo, Wesley e Charles congestionaram o lado esquerdo do ataque, deixaram o time manco, e nenhuma jogada individual foi realizada com destaque.

Com esse cenário, o primeiro tempo foi desastroso. A única jogada de perigo palmeirense foi a cobrança de falta no travessão de Ayrton aos 24 minutos. Pouco, muito pouco para um time favorito na disputa.

O Tijuana adotou a postura de catimba desde o primeiro minuto de jogo quando uma falta favorável aos mexicanos aconteceu. Com o gol marcado por Reascos aos 26 minutos na falha de Bruno, então, tudo era motivo para que jogadores rolassem de dor no chão. O árbitro Juan Soto da Venezuela foi paciente e não conseguiu coibir a prática.

O juiz, o mesmo que apitou Libertad x Palmeiras no Paraguai na primeira fase, é figura mal quista por Gilson Kleina por não deixar Henrique voltar ao campo após atendimento médico antes da cobrança de falta para os paraguaios que resultou no segundo gol da derrota por 2 a 0. A ira só aumentou pela marcante trapalhada no Pacaembu ao expulsar Ruiz do Tijuana por imaginar que o mesmo já tinha cartão amarelo e voltar atrás segundos depois ao descobrir que não.

O Palmeiras foi para o intervalo com pressão sobre o árbitro e apoio da torcida. Bruno teve o nome gritado e antes do início do segundo tempo os palmeirenses vibravam com cada defesa do goleiro no aquecimento. Uma pena para o camisa 1 que a falha não foi apagada com uma virada. Pelo contrário, o Tijuana logo voltou a marcar.

O time mexicano calou o Pacaembu aos 5 minutos com um golaço de Arce aproveitando passe perfeito, mas sem intenção, de Henrique em corte de cabeça para o meio da área.
16 minutos do segundo tempo, 2 a 0 para o Tijuana. E enquanto Souza se preparava para bater o pênalti, torcedores do Palmeiras perguntavam para os jornalistas o tempo restante. A crença era de que mais dois gols eram possíveis. O time raçudo dava essa esperança. No entanto, passes errados e finalizações tortas seguiram frequentes. O desespero tomou conta.

O zagueiro do Tijuana Aguilar ainda foi expulso aos 39 minutos. Em nada contribuiu. A torcida palmeirense percebeu que só raça não basta. O clube é o segundo brasileiro (São Paulo foi o primeiro) eliminado na Libertadores. Agora, aguarda o início do Campeonato Brasileiro da Série B, a competição prioritária da temporada.

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