História
Com o território dividido em sesmarias, Francisco Diniz da Penha,
requereu e obteve em 10 de janeiro de 1736, a Carta de Data e sesmarias
do Pica-Pau. De posse da Data, Francisco Diniz edificou uma fazenda de
gado, construiu as primeiras casas, estabeleceram as primeiras culturas e
permaneceu em atividade ao longo do tempo, mesmo tendo sua área
reduzida.
A povoação da região começou a acontecer de maneira esparsa, com
várias prosperidades sendo instaladas. Um dos importantes proprietários
da região foi José da Costa Vilarinho, que nos idos de 1758, possuía
grande faixa de terra compreendida entre a Data Pica-Pau e a Pedra
Preta, situadas nas proximidades do rio Potengi.
Mas o povoamento propriamente dito começou a existir a partir da
Fazenda Barra, inicialmente pertencente ao Coronel Francisco de Araújo
Correia. Mesmo dividida, no ano de 1870, e suas terras dispersas entre
muitos donos, a Fazenda Barra veio a dar origem ao povoado de São Tomé.
Por volta de 1890, a localidade tinha uma casa comercial
pertencente a Tomás de Moura Barbosa, chamada Bodega. Em torno da Bodega
de seu Tomás, foram construídas várias moradias e o povoado começou a
tomar forma, aglutinando novas famílias interessadas no trabalho
agrícola, na mobilização em torno do algodão e nas boas condições que o
lugar oferecia para a criação de gado. Com o crescimento do povoado, os
irmãos Inácio Bezerra de Melo e Francisco Antônio de Melo construíram um
templo religioso, entre os anos de 1894 e 1896. Em 1922, São Tomé tinha
escola, serviços públicos e seu centro populacional já contavam com
três ruas e muitas casas, devidamente enfileiradas.
O município de São Tomé foi criado pela Lei estadual nº 698, de 29
de outubro de 1928, desmembrado de Lajes, Macaíba, Santa Cruz e Currais
Novos.
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
Elevado à categoria de município com a denominação de São Tomé,
pela lei estadual nº 698, de 29-10-1928, desmembrados dos municípios de
Santa Cruz, Currais Novos, Lages, São Gonçalo e Macaíba. Sede no atual
distrito de São Tomé. Constituído do distrito sede. Instalado em
01-01-1929. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o
município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisões
territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decerto estadual nº 603, de 31-12-1938, é criado o distrito de Barcelona e anexado ao município de São Tomé.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é
constituído de dois distritos: São Tomé e Barcelona. Assim permanecendo
em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Pela lei estadual nº 2331, de 17-12-1958, desmembra do município de
São Tomé o distrito de Barcelona. Elevado à categoria de município. Em
divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do
distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
IDENTIFICAÇÃO
Nome do Município: São Tomé
Lei de Criação: n° 698 Data: 29/10/1928
Desmembrado de: Santa Cruz, Currais Novos, Lajes e Macaíba
Microrregião do IBGE: Borborema Potiguar
Zona Homogênea do Planejamento: Currais Novos
Índice de Desenvolvimento Humano: 0,613
Esperança de Vida ao Nascer: 63,225
População no Censo 2010: 10.827 Hab.
Gentílico: são-tomeense
Código do Município: 241290
REPRESENTAÇÃO POLÍTICA 2012
Eleitorado em Maio de 2012: 8.866 Eleitores
ENSINO - MATRÍCULAS, DOCENTES E REDE ESCOLAR 2009
Matrícula - Ensino fundamental – 2009: 2.087 Matrículas
Matrícula - Ensino médio – 2009: 434 Matrículas
Docentes - Ensino fundamental – 2009: 91 Docentes
Docentes - Ensino médio – 2009: 16 Docentes
SERVIÇOS DE SAÚDE 2009
Estabelecimentos de Saúde SUS: 9 Estabelecimentos
ESTATÍSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2010
Nascidos vivos - registrados - lugar do registro: 120 pessoas
ESTATÍSTICAS DO CADASTRO CENTRAL DE EMPRESAS 2010
Número de unidades locais: 135 Unidades
Pessoal ocupado total: 746 Pessoas
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
Localização, Área, Altitude da Sede, Distância em Relação à Capital e Limites
“Coordenadas Geográficas: Latitude: 5º 58’ 21” Sul
Longitude:36º 04’ 31” Oeste
Área: 862,58 km², equivalente a 1,65% da superfície estadual.
Altitude da Sede: 159 metros
Distância em Relação à Capital: 101 km
Limites: Norte – Caiçara do Rio do Vento, Lajes e Rui Barbosa
Sul – Lajes Pintadas, Campo Redondo e Santa Cruz
Leste – Barcelona, Rui Barbosa e Sítio Novo
Oeste – Cerro Corá e Currais Novos
CLIMA
Tipo: clima muito quente e semi-árido, com estação chuvosa atrasando-se para o outono.
Precipitação Pluviométrica Anual: Normal: 430,2 mm
Observada: 341,6 mm
Desvio: 88,6 mm
Período Chuvoso: Janeiro a abril
Temperaturas Médias Anuais: Máxima: 32,0 °C
Média: 27,2 °C
Mínima: 21,0 °C
Umidade Relativa Média Anual: 70%
Horas de Insolação: 2.400
FORMAÇÃO VEGETAL
Caatinga Hipexerófila - vegetação de clima semi-árido apresenta arbustos
e árvores com espinhos e de aspecto menos agressivo do que a Caatinga
Hiperxerófila. Entre outras espécies destacam-se a catingueira, angico,
braúna, juazeiro, marmeleiro, mandacaru, umbuzeiro e aroeira.
SOLOS
Solos predominantes e características principais: Planossol
Solódico - fertilidade natural alta, textura argilosa e arenosa, relevo
suave ondulado, imperfeitamente drenado, raso.
Solos Litólicos Eutróficos - fertilidade natural alta, textura arenosa
e/ou média, fase pedregosa e rochosa, relevo suave ondulado a forte
ondulado, bem acentuadamente drenados, rasos e muito erodidos.
USO: os Planossolos são utilizados, principalmente, com pecuária e em
pequenas áreas com algodão, milho e feijão consorciados, além de sisal e
palma forrageira, em alguns locais. A irrigação nestes solos é
problemática, vez que são rasos, apresentam problemas de manejo e
considerável teor de sódio trocável. Seu aproveitamento racional com
pecuária requer melhoramento de pastagens e intensificação da palma
forrageira.
Nas áreas onde predominam os Solos Litólicos agricultura é quase
inexistente, devido a limitações muito fortes ao uso agrícola,
representadas pela falta d’água e impedimentos ao emprego de máquinas em
decorrência da pequena espessura do solo, pedregosidade e rochosidade.
Nestes solos deve-se conservar a vegetação natural, terras indicadas
para preservação da flora e da fauna.
APTIDÃO AGRÍCOLA: regular para pastagem plantada, apta para culturas
especiais de ciclo longo, tais como algodão arbóreo, sisal, caju e coco.
Aptidão restrita para pastagem natural, terras indicadas para
preservação da flora e da fauna e uma pequena área, ao sul, com aptidão
regular para lavoura.
SISTEMA DE MANEJO: baixo, médio e alto nível tecnológico. As práticas
agrícolas podem estão condicionadas tanto ao trabalho braçal e a tração
animal, com implementos agrícolas simples, com a motomecanização.
RELEVO
De 100 a 400 metros de altitude.
Serras: de São João, Feliz, Verde, do Espinheiro, da Oiticica, do Ingá, Mata Fome, da Gameleira e do Ronca.
Planalto da Borborema - Terrenos antigos, formados pelas rochas
Pré-Cambrianas como o granito, onde estão localizadas as serras e picos
mais altos.
Depressão Sub-litorânea - Terrenos rebaixados, localizados entre duas
formas de relevo de maior altitude. Ocorre entre os Tabuleiros Costeiros
e o Planalto da Borborema.
ASPECTOS GEOLÓGICOS E GEOMORFOLÓGICOS
Geologicamente o município situa-se em terreno de domínio do
Embasamento Cristalino, basicamente Grupo Seridó de Idade Pré-Cambriana
(550 - 1.000 milhão de anos), onde predominam xistos, biotita xisto
granatíferos, filitos, calcários, tactitos, granitos, gnaisses,
pegmatitos e quartzitos. Nas regiões Sul e Oeste da área afloram núcleos
do Grupo Caicó de Idade Pré-Cambriana Inferior, (1.00 - 2.500 milhões
de anos) com migmatitos, granitos, calcários e anfibolitos.
Geomorfologicamente predominam formas convexas e formas aguçadas de
relevos com topo convexo, contínuo e aguçados, com diferentes ordens de
grandeza e de aprofundamento de drenagem, separados geralmente por vales
em “V”.
OCORRÊNCIAS MINERAIS
BERÍLIO - Duas coisas que tornam o
metal berílio único são as suas características nucleares e a sua
elevada rigidez. Na sua forma pura, este mineral é um silicato de
berílio-alumínio, que aparece nas formas de água-marinha e de esmeralda.
O berílio é geralmente obtido como sub-produto da extração de
feldspato, lítio ou mica. A transparência do berílio aos raios X torna-o
num material útil para janelas de detetores de radiação.
CALCÁRIO - Ocorrências nas localidades
Corredor e Roça em lentes ou camadas de espessura e extensão variáveis,
intercaladas nas rochas de embasamento cristalino. As reservas medidas
representam apenas uma parcela dos recursos existentes, utilizado nas
indústrias de cimento, cal e corretivo de solos.
TALCO - Possuem inúmeras aplicações
industriais em função das propriedades físicas e químicas, sendo
principalmente utilizado para a indústria cerâmica (responde atualmente
por 75% de sua produção), abrasivo, papel e papelão, borracha, química,
tintas e vernizes, produtos asfálticos, defensivos agrícolas e
explosivos, produtos farmacêuticos e veterinários, perfumaria, sabões e
velas, têxtil, produtos alimentares, produtos de matérias plásticas e
outros usos.
TÂNTALO - O tântalo não ocorre livre na
natureza, mas sempre associado ao oxigênio e outros elementos. O
principal minério de tântalo é a tantalite. As principais aplicações do
metal devem-se às características de inércia química, resistência,
dureza e ductilidade; assim, utiliza-se no fabrico de equipamento
químico resistente à corrosão, de fornos para altas temperaturas, de
filamentos para lâmpada de incandescência, etc. As propriedades
elétricas do óxido de tântalo levam à utilização do metal no fabrico de
retificadores para conversão de corrente alterna em contínua, bem como
no fabrico de condensadores carbonetos de tântalo utilizado no fabrico
de instrumentos cortantes, de grande dureza e resistência.
TUNGSTÊNIO (SHEELITA) – A reserva
mineral é de 76.573 toneladas segundo o Anuário Mineral Brasileiro 2001.
Das faixas tactíticas-scheelitíferas a maior produtora e por isso mesmo
a mais conhecida é a de Currais Novos, na qual se encontram localizadas
as principais minas do Estado: Brejuí Barra Verde e Boca de Laje. Muito
utilizado para fins industriais em aços para ferramenta de corte,
lâmina de motor a jato, produtos químicos e metálicos para iluminação e
aparelhos eletrônicos. Merece destaque a atuação dos garimpeiros na
descoberta e extração deste minério.
MÁRMORE - Ocorrências nas localidades
Boqueirão, Carnaúba de Cima, Fazenda Ilhota, Pedra Preta e Serra dos
Louros, exploradas como fonte de matéria-prima para armamento na
construção civil e ocasionalmente para a fabricação de cal e/ou
corretivos de solos. É necessário um trabalho de pesquisa para
dimensionar e zonear este mineral.
GEMAS
ÁGUA MARINHA - É considerada a gema
mais abundante e valiosa do Rio Grande do Norte, tanto pela quantidade
produzida como pelo valor da produção. Geralmente, a água marinha é
encontrada em bolsões de dimensões variáveis e formas irregulares,
dispostos aleatoriamente no interior dos pegmatitos, intimamente
associada ao berilo industrial. A cor mais frequente da água marinha do
Estado é azul claro, sendo o azul médio mais valioso e menos comum. A
água marinha pode ser límpida ou apresentar inclusões sólidas e líquidas
diversas, sendo também quebradiça e sensível a pessão. O tratamento
térmico à temperatura de 400ºC torna a cor azul mais escura e homogênea,
aumentando o valor.
RECURSOS MINERAIS ASSOCIADOS
FORMAÇÃO SERIDÓ - potencial para cordierita e andaluzita, minerais utilizados na indústria de refratários.
COMPLEXO GNÁISSICO-MIGMETÍTICO - rocha ornamental especialmente
migmatitos utilizado em piso e revestimento; brita e rocha dimensionada
utilizada para construção civil.
GRUPO BARREIRAS E PALEOCASCALHEIRAS - cascalho, material utilizados para
construção civil; seixos e calhaus de calcedônia, utilizada em
artesanato mineral e em moinhos de bolas, água mineral, utilizada para o
consumo humano.
RECURSOS HÍDRICOS
Hidrogeologia
AQÜÍFERO CRISTALINO - Engloba todas as rochas cristalinas onde o
armazenamento de águas subterrâneas somente se torna possível quando a
geologia local apresentar fraturas associadas a uma cobertura de solos
residuais significativa. Os poços perfurados apresentam uma vazão média
baixa, de 3,05 m³/h e uma profundidade de até 60 m, com água comumente
apresentando alto teor salino de 480 a 1.400 mg/l com restrições para
consumo humano e uso agrícola.
AQÜÍFERO ALUVIÃO - Apresenta-se disperso, sendo constituído pelos
sedimentos depositados nos leitos e terraços dos rios e riachos de maior
porte. Estes depósitos caracterizam-se pela alta permeabilidade, boas
condições de realimentação e uma profundidade média em torno de 7
metros. A qualidade da água geralmente é boa e pouca explorada.
Hidrologia:
O município encontra-se com 93,69% do seu território inserido na
Bacia Hidrográfica do Rio Potengi e 2,03% na Bacia Hidrográfica do rio
Ceará-Mirim.
RIOS PRINCIPAIS: Potengi, Pedra Preta, Inharé
RIACHOS PRINCIPAIS: Olho d´Água, da Quixaba ou Cachoeirinha, Jacaré,
Salgado, Gameleira, da Carnaúba, Canapum, Mal Assombrado, Fechado, São
José, do Boqueirão, Jacú, Ingá, do Saco, Caixa d’água.
O município não dispõe de mananciais com qualidade e quantidade que permitam a implantação de obras de abastecimento. Portanto faz-se necessário o beneficiamento de oferta de água através do Sistema Adutor Agreste/Trairi/Potengi, que tem como objetivo o abastecimento humano e dessedentação animal. O sistema possui uma extensão total de 316 km, a captação de água é feita no Sistema Lacustre Bonfim, localizado no município de Nísia Floresta e possibilita uma vazão total de 452,32 l/s ou 1.628,35 m³/h.
O município não dispõe de mananciais com qualidade e quantidade que permitam a implantação de obras de abastecimento. Portanto faz-se necessário o beneficiamento de oferta de água através do Sistema Adutor Agreste/Trairi/Potengi, que tem como objetivo o abastecimento humano e dessedentação animal. O sistema possui uma extensão total de 316 km, a captação de água é feita no Sistema Lacustre Bonfim, localizado no município de Nísia Floresta e possibilita uma vazão total de 452,32 l/s ou 1.628,35 m³/h.
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