A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar
contratos da Petrobras, aprovada no Senado, talvez não venha a ser do interesse
do atual presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB). O
potiguar está sendo apontado pela revista Veja, que está nas bancas, como
suposto beneficiário de recebimento de propina por meio de esquema de corrupção
envolvendo contratos da Petrobras.
No
rastro da compra escandalosa da refinaria de Pasadena, no Texas, EUA, sinônimo
de prejuízo de 1 bilhão de dólares para o Brasil, as notícias sobre corrupção
na Petrobras se alastram a uma velocidade surpreendente. Na semana passada, o
Senado aprovou a realização de uma CPI. Nesta semana, a Câmara definirá se
também aprova a CPI, gerando, em caso afirmativo, uma CPMI – Comissão Parlamentar
Mista de Investigação – para investigar todos os rumores. O cerco à Petrobras
está sendo feito em vários segmentos de fiscalização. Além da CPI, órgãos de
controle como o Tribunal de Contas da União (TCU) também se debruçam sobre o
caso. Auditores do TCU apuram indícios de aumento artificial do preço da
refinaria da Pasadena.
Em
meio às denúncias, surge o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves.
Ele é apontado pelo ex-ministro das Cidades do governo Dilma Rousseff, deputado
federal Mario Negromonte (PP-BA), como tendo ascendência política sobre o
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal por
suspeita de lavagem de dinheiro. A PF investiga se ele receberia propina para
repassá-la a um consórcio de partidos, liderados pelo PMDB.
Jornal de Hoje