Pouca gente soube, mas os
protestos contra a Copa do Mundo, feitos em Natal, no Rio Grande do
Norte, durante a inauguração da Arena de Dunas, puseram em risco a
segurança do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), do
ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, e do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.
No dia 21 de janeiro, os três políticos
estavam dentro de uma van – que incluía ainda familiares de Henrique,
entre elas uma criança – seguindo o comboio que levava a presidente
Dilma Rousseff ao estádio recém-construído.
Por serem muito altas, as vans do
comboio não conseguiram passar num determinado trecho e tiveram que sair
do grupo e pegar outro caminho até a arena. Nesse desvio acabaram dando
de cara com um grupo de manifestantes, que protestava contra os gastos
feitos com a construção do estádio.
Uma das vans conseguiu passar pelo
bloqueio. A que levava Henrique, Garibaldi e Pimentel não. O carro foi
cercado por cerca de trinta manifestantes e atacado com pedradas.
Como os vidros eram escuros, quem estava
de fora não via quem estava dentro e, portanto, não sabia que a van
carregava três políticos conhecidos. Mas quem estava dentro via todos os
ataques e se desesperança com a possibilidade de agressão.
O carro resistiu às pedradas até que um
golpe mais forte arrebentou o vidro da parte de trás. A partir disso,
seria possível um ataque direto a quem estava dentro do veículo. Nesse
instante, a polícia apareceu para abrir o cerco sobre o carro e permitiu
que ele seguisse em frente. O carro foi apedrejado durante três
minutos.
Henrique Alves acha que esses protestos
representam uma minoria, tanto no País quanto em seu Estado, o Rio
Grande do Norte. Para ele, a imensa maioria da população apóia a
realização da Copa do Mundo no Brasil e a construção dos estádios e
obras previstas para a realização do evento. A Arena de Dunas representa
um investimento de R$ 400 milhões.
Estadão
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